Sheng Xiao 生肖 é o que chamamos em português de Zodíaco Chinês. Trata-se de um ciclo repetitivo de 12 anos de signos animais e seus atributos atribuídos, com base no calendário lunar. Em ordem, os animais do zodíaco são: Rato, Boi, Tigre, Coelho, Dragão, Serpente, Cavalo, Cabra, Macaco, Galo, Cão, Porco.
O zodíaco chinês conta os anos a partir do Ano Novo Chinês, que ocorre em datas diferentes todo ano, mas sempre entre janeiro e fevereiro. Por exemplo:
O ano de 2024 teve início como parte dos últimos períodos do ano do Coelho e terminará como o começo do ano do Dragão. Isso se deve ao fato de que o "Festival da Primavera" (comemoração do Ano Novo Chinês), conhecido como Chun Jie 春节, vai cair esse ano no 10 de fevereiro!
O Dragão na astrologia chinesa é uma figura poderosa e cheia de vitalidade. Orientado sempre por metas, ao mesmo tempo que é idealista e romântica, destacando-se como um líder visionário. O signo do Dragão possui uma autoconsciência excepcional e bastante conhecimento de si.
O Dragão vai sempre ser um governante magnífico, justamente por ser benevolente, confiante e generoso. Na cultura chinesa, o misticismo que envolve a figura do Dragão também o enxerga como doador de abundância, tanto financeira quanto de vida (longevidade).
A confiança do Dragão não é falsa nem vazia, pois os Dragões possuem ideais elevados pelos se esforçam muito, geralmente visando o benefício de sua comunidade em vez de si mesmo.
É muito comum associar a figura do Dragão com aventuras, já que faz parte da sua personalidade ser um pouco temperamental e impulsivo, agindo com bastante espontaneidade.
Os dragões são sábios e aventureiros e, às vezes, temperamentais e impulsivos. Serão amados e admirados por muitos, mas encontrarão dificuldade em retribuir tal afeto. Por causa disso, a lição da vida do Dragão (e a mais difícil de ser aprendida por ele) é a de conseguir retribuir toda a admiração e afeto que recebe dos outros animais e dos seres humanos.
Mesmo que possam não se importar muito em investir em relacionamentos, Dragões não conseguem ficar sozinhos por muito tempo sem sentir solidão. Uma vez que encontram alguém especial, os Dragões guardam essa pessoa como seu tesouro mais precioso.
Vida profissional? Ótima!
Os dragões são animais íntegros e desprezam qualquer comportamento hipócrita ou desonroso, possuindo um orgulho auto-respeitável que é igualado pela sabedoria, generosidade, vigor e talento que eles têm. Eles estão repletos de energia e têm a capacidade de atrair seguidores com seu carisma.
As pessoas do signo do Dragão são geralmente líderes corajosos e destemidos que nunca recuam diante de qualquer desafio. Esse espírito empreendedor, aliado ao seu talento inato, sem dúvida, fará dos Dragões os impulsionadores e agitadores deste mundo.
Por isso, o Ano do Dragão é propício para empreender com coragem, ter confiança no seu próprio talento, liderar grandes projetos e investir em negócios que estavam parados há muito tempo.
Vida amorosa? Lutar para ter!
No lado oposto da confiança e coragem dos Dragões, eles também podem se tornar dominadores, temperamentais, egocêntricos e desconfiados. Por causa disso, os Dragões acreditam sempre saber o que é melhor e têm dificuldade em ouvir os outros.
No aspecto social, os Dragões podem ser propensos à desesperação, pois detestam ficar sozinhos, especialmente no amor. Mas possuem uma alta necessidade de controle. Eles podem parecer autoritários quando, na verdade, estão apenas mostrando que se importam.
Esse pode não ser um bom ano para os romances, pois o Dragão tende a ser mais introspectivo e guardar sua necessidade de afeto para si, então 2024 pode ser um ano para aplicar a coragem nos outros assuntos da vida e lutar bastante para não se fechar para o amor, caso ele exista ou apareça!
Nos tempos antigos, diz a lenda que o dragão, inicialmente sem chifres, habitava a terra e sonhava em liderar os animais, desafiando o status do tigre. Uma intensa batalha entre dragão e tigre se desenrolou, tornando-se incontrolável, até que o Imperador de Jade interveio, convocando ambos ao Palácio Celestial para resolver a disputa. O resultado da batalha permanece incerto.
O dragão, antes de partir, sentindo sua falta de majestade em comparação com o tigre, consultou seu irmão mais novo, a centopeia, e ela sugeriu a solução de pedir emprestado os chifres imponentes que só o galo tinha. Animado com a ideia, o dragão, acompanhado da centopeia, partiu em busca dos chifres do galo para aumentar sua beleza e imponência.
Mas o galo não quis emprestar seus chifres. Ao ouvir a recusa, o dragão, impaciente, fez um juramento aos céus, prometendo devolvê-los ou pagar com a própria vida. A centopeia também assegurou ao galo que, se o dragão não devolvesse os chifres, ela poderia ser devorada por ele. Convencido pelas garantias da centopeia, o galo cedeu e emprestou os chifres ao dragão.
Quando chegaram ao Palácio Imperial, o Imperador de Jade ficou impressionado com a majestade do dragão e do tigre. Decidiu nomear o tigre como rei dos animais terrestres e o dragão como rei dos animais aquáticos. O tigre seria líder em terra firme, enquanto o dragão, embora pudesse liderar os animais aquáticos, ficaria em segundo plano. Os dois aceitaram felizes a decisão, agradeceram ao Imperador de Jade e retornaram à terra.
Chegando à terra, o dragão percebeu que devolver os chifres ao galo diminuiria seu respeito entre os seres aquáticos, então ele decidiu mantê-los, mergulhando nas águas e nunca mais retornando à terra. O galo, ao descobrir a decisão do dragão, ficou furioso e culpou a centopeia. Desde então, os galos exibem rostos vermelhos de raiva, e as centopeias raramente são vistas na superfície da terra. Os galos, ao encontrar centopeias, costumam comê-las, clamando: "Dragão, devolva meus chifres!"
Apesar de ser uma criatura fictícia no zodíaco chinês, o dragão é venerado e temido na cultura chinesa. Considerado um ser místico com poderes climáticos, capacidade de voar entre nuvens e características animais e espirituais, o dragão ocupa uma posição única. Sua reverência reflete uma fusão de elementos da natureza, inteligência humana e espiritualidade divina. O amor e adoração pelo dragão resultaram na criação de inúmeras lendas e histórias, enriquecendo a fascinação cultural em torno desse ser mitológico ao longo do tempo.
