As telhas esculpidas 瓦当 formam uma parte importante da arquitetura clássica chinesa. Posicionadas no beiral, servindo tanto para proteger as telhas quanto a laje, os padrões artísticos desenhados na “tampa” das telhas é que chamam a atenção.
Desenvolvidas em grande escala durante a Dinastia Han, essas telhas podem trazer desenhos de animais mitológicos que simbolizam proteção, ideogramas que identificam o totem do clã ao qual a casa pertence ou até mesmo a imagem de deuses antigos.
O design é singelo, com o estilo de caligrafia simples.
A maioria das telhas esculpidas são feitas de barro e argila, mas também existem as de vidro ou de metal.
Os arquitetos da Dinastia Tang foram os primeiros que começaram a se aventurar com o vidro como matéria para as telhas. Durante a Dinastia Song, existiu a moda de esculpir essas telhas também em bronze.
As mais comuns são redondas, mas existem as feitas em formato de meia-lua.
Por serem consideradas patrimônio imaterial, sempre que encontradas por escavações, as telhas vão direto para museus. Hoje, nos prédios mais antigos espalhados pela China, é possível encontrar telhas originais da dinastia Qing (1720 - 1912). Desse período, é mais comum que os padrões de desenho sejam de flores.
Por causa da beleza e do valor artístico das obras, escritores antigos costumavam desenhá-las em seus manuscritos como forma de preservar o desenvolvimento da história da arte.
Mais do que proteção e acabamento ao telhado, as telhas esculpidas chinesas sempre foram obras de arte disponíveis ao ar livre, e ainda continuam sendo um dos detalhes mais especiais da arquitetura clássica do país.