Yin 阴 e Yang 阳 representam três características de tudo o que existe no universo: integração 统一, antagonismo 对立 e transformação mútua 互化.
A primeira vez que eles aparecem na literatura é no livro O Clássico da Poesia 诗经, compilado no sexto século a.C., em um poema onde o Yin é tratado como a parte da montanha que está virada para o norte e Yang, como a parte da montanha em direção ao sul, simbolizando a parte onde o sol bate durante a maior parte do dia e a parte da mesma montanha que fica "escondida" da claridade.
Dessa forma, Yin simboliza a sombra; Yang, a luz; o escuro, o claro; a tranquilidade, o barulho; a forma, o movimento. Princípios da natureza como o positivo e o negativo, que se relacionam criando as estações do ano e a possibilidade da vida de tudo o que existe.
Yin Yang não são deuses, ambos são a representação das leis básicas da natureza e da sociedade. Tudo o que expande ao limite, murcha. Tudo o que sobe, desce; o que se levanta, converge em um centro.
Esses conceitos podem parecer até místicos demais para olhares ocidentais, mas são elementares para os asiáticos. A espiritualidade tradicional e folclórica dos chineses está enraizada no respeito às leis naturais pelas quais o mundo se organiza e sobrevive.
Muito do que os chineses têm como símbolos e ritos em suas religiões folclóricas é uma forma de reverenciar as regras do mundo natural e implementá-las na sociedade.